03 setembro 2025

MNTR- GRÁVIDOS

Eu chego no meu primeiro dia de monitoria na disciplina de Improvisação com Viewpoints, ministrada por Luah Guimarães no segundo semestre com um trabalho já em andamento.

Luah me deixa à vontade para estar nesse espaço como quiser: poderia observar ou fazer a aula junto com os alunos. Escolhi observar. Observar a turma, perceber seus desafios e potenciais e observar, sobretudo, como a professora pensa e conduz o treinamento.

Os princípios do Viewpoints vem sendo praticados pela turma nas últimas quatro semanas. As sessões abertas e a raia divididas em dois grupos cada serviu como uma oportunidade de verificação de quanto os princípios estão sendo apreendidos.

A turma parece interessada, mas padece de um mal que não é privilégio exclusivo dela. São maus do nos tempo: dificuldade de concentração, de aquietar, de permanecer em uma qualidade de silêncio que sustente o spaço de criação, dispersão fácil e medo de errar. A ideia de vazio, de engravidar-se de si mesmo antes de entrar em um set, que e tanto diz a Luah fala,  ainda é frágil.  Por outro lado, estamos apenas na 5/20 semana. Colocado em horas, foram 7,5h de prática até aqui. É pouco, muito? É tempo suficiente já?

Quando e como a gente se prepara para entrar em um set?  De quais estratégias cada um se vale para esvaziar-se? Quanto tempo cada um precisa? Como articular essa dinâmica do tempo individual e coletivo? De que forma o orientador contribui ou atrapalha nesse processo?

Como nesse dia a assistência se mostrou inquieta com conversas e olhadelas no celular, fiquei pensando se a assistência também engravda-se para assistir a um set. Qual o papel da assistência neste processo?


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