MNTR- GRÁVIDOS
Eu chego no meu primeiro dia de
monitoria na disciplina de Improvisação com Viewpoints, ministrada por Luah Guimarães
no segundo semestre com um trabalho já em andamento.
Luah me deixa à vontade para
estar nesse espaço como quiser: poderia observar ou fazer a aula junto com os
alunos. Escolhi observar. Observar a turma, perceber seus desafios e potenciais
e observar, sobretudo, como a professora pensa e conduz o treinamento.
Os princípios do Viewpoints vem
sendo praticados pela turma nas últimas quatro semanas. As sessões abertas e a
raia divididas em dois grupos cada serviu como uma oportunidade de verificação
de quanto os princípios estão sendo apreendidos.
A turma parece interessada, mas
padece de um mal que não é privilégio exclusivo dela. São maus do nos tempo:
dificuldade de concentração, de aquietar, de permanecer em uma qualidade de silêncio
que sustente o spaço de criação, dispersão fácil e medo de errar. A ideia de
vazio, de engravidar-se de si mesmo antes de entrar em um set, que e tanto diz
a Luah fala, ainda é frágil. Por outro lado, estamos apenas na 5/20 semana.
Colocado em horas, foram 7,5h de prática até aqui. É pouco, muito? É tempo suficiente
já?
Quando e como a gente se prepara
para entrar em um set? De quais
estratégias cada um se vale para esvaziar-se? Quanto tempo cada um precisa?
Como articular essa dinâmica do tempo individual e coletivo? De que forma o orientador
contribui ou atrapalha nesse processo?
Como nesse dia a assistência se
mostrou inquieta com conversas e olhadelas no celular, fiquei pensando se a
assistência também engravda-se para assistir a um set. Qual o papel da assistência
neste processo?
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