26 junho 2006
Silencio
Cansa-me minha própria voz
De tanto falar sobre ele
A língua já sabe de cor
A dança que seu nome produz
Às vezes
Surpreendo-me distraído
Ela deslizando baixinho
Lábios frouxos a repeti-lo
Enquanto a mente voa
Atrás dele
Cerro os lábios
Mas a alma inquieta urra
Perturbada e confusa está
Por causa dele
Com que cores essa história será escrita?
...
Cansa-me minha própria voz
De tanto falar sobre ele
A língua já sabe de cor
A dança que seu nome produz
Às vezes
Surpreendo-me distraído
Ela deslizando baixinho
Lábios frouxos a repeti-lo
Enquanto a mente voa
Atrás dele
Cerro os lábios
Mas a alma inquieta urra
Perturbada e confusa está
Por causa dele
Com que cores essa história será escrita?
...
22 junho 2006
Menino-Pássaro
Voa.
O sonho perdido na infância
Sobe rasgando o céu
Dançando em meio a brisa quente
Voa,
Deixa pra trás os teus medos
E os dos outros
Segue teu pulso, impulso
E pulsa na valsa dos anjos e dos pássaros
Voa!
Lança no ar o teu corpo
E cai
O sonho perdido na infância
Sobe rasgando o céu
Dançando em meio a brisa quente
Voa,
Deixa pra trás os teus medos
E os dos outros
Segue teu pulso, impulso
E pulsa na valsa dos anjos e dos pássaros
Voa!
Lança no ar o teu corpo
E cai
(Texto produzido para o Experimento Cênico da Audrey - 17.05.06)
19 junho 2006
Deitado de bruços na cama
Travo uma batalha sem fim
Contra o sono
Receio que ao entregar-me
Ele leve de mim
As vivas lembranças
Daquele que perturba a minha alma
E abandonado me deixe
Na solidão dos meus sonhos tristes
Desperto
Reluto para manter os olhos abertos
A mente confusa das imagens dele
Não me deixa ir
Não quero dormir pra não sonhar
Enganosos são os sonhos da noite
Iludem-nos com imagens de uma vida feliz, mas irreal
Nos levam as mais altas montanhas da alegria
E nos fazem rolar de lá
Nos primeiros raios da manhã
Resisto
Prefiro a concretude dos pensamentos de agora
A perturbadora presença dele em mim
Na memória da pele, do roçar no pescoço,
Do beijo
Do olhar que me atravessa e rasga por dentro
Mas cansado, adormeço
E sonho com ele
E sou feliz
Por toda eternidade que dura um sonho
Um sonho...
Travo uma batalha sem fim
Contra o sono
Receio que ao entregar-me
Ele leve de mim
As vivas lembranças
Daquele que perturba a minha alma
E abandonado me deixe
Na solidão dos meus sonhos tristes
Desperto
Reluto para manter os olhos abertos
A mente confusa das imagens dele
Não me deixa ir
Não quero dormir pra não sonhar
Enganosos são os sonhos da noite
Iludem-nos com imagens de uma vida feliz, mas irreal
Nos levam as mais altas montanhas da alegria
E nos fazem rolar de lá
Nos primeiros raios da manhã
Resisto
Prefiro a concretude dos pensamentos de agora
A perturbadora presença dele em mim
Na memória da pele, do roçar no pescoço,
Do beijo
Do olhar que me atravessa e rasga por dentro
Mas cansado, adormeço
E sonho com ele
E sou feliz
Por toda eternidade que dura um sonho
Um sonho...
16 junho 2006
Gosto tanto de você
Mesmo os silêncios
Os mais gritantes
Aqueles que calam a alma
São tão cheios de nós dois
Preenchidos estão
Com o que há de mais inexprimível
Inúteis as palavras
Nunca expressam o que se quer dizer
Mas não é dito
Os mais gritantes
Aqueles que calam a alma
São tão cheios de nós dois
Preenchidos estão
Com o que há de mais inexprimível
Inúteis as palavras
Nunca expressam o que se quer dizer
Mas não é dito