19 junho 2006

Deitado de bruços na cama
Travo uma batalha sem fim
Contra o sono

Receio que ao entregar-me
Ele leve de mim
As vivas lembranças
Daquele que perturba a minha alma
E abandonado me deixe
Na solidão dos meus sonhos tristes

Desperto
Reluto para manter os olhos abertos
A mente confusa das imagens dele
Não me deixa ir

Não quero dormir pra não sonhar
Enganosos são os sonhos da noite
Iludem-nos com imagens de uma vida feliz, mas irreal
Nos levam as mais altas montanhas da alegria
E nos fazem rolar de lá
Nos primeiros raios da manhã

Resisto
Prefiro a concretude dos pensamentos de agora
A perturbadora presença dele em mim
Na memória da pele, do roçar no pescoço,
Do beijo
Do olhar que me atravessa e rasga por dentro

Mas cansado, adormeço
E sonho com ele
E sou feliz
Por toda eternidade que dura um sonho

Um sonho...

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